Criados há quase uma década, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) têm se consolidado como um dos principais instrumentos de financiamento das empresas brasileiras, com um crescimento de mais de 600% na base de cotistas e um aumento de quase cinco vezes no patrimônio líquido. É o que mostram os dados apresentados no livro “Estudos Especiais: Produtos de Captação – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios” produzido pela área de Estudos Econômicos da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). A obra traz o mapeamento desta indústria e mostra sua evolução desde 2002, quando o primeiro fundo foi registrado, até os dias atuais, bem como os aspectos regulatórios e tributários, com destaque para as mudanças trazidas pela Instrução CVM nº 531, de 2012. Com este trabalho, a entidade espera contribuir para o aprimoramento da securitização por meio de fundos de investimento no país e uma melhor compreensão desses veículos por parte dos investidores. Entre 2005 e 2014, o número de cotistas em FIDCs passou de 1.528 para 10.900, enquanto o patrimônio líquido passou de R$ 13 bilhões para R$ 74,3 bilhões. Um dos principais atrativos destes fundos para as empresas de médio porte é a possibilidade de financiamento por meio da cessão dos créditos, mesmo que a empresa, originadora, não tenha um balanço tão forte. Os direitos creditórios do FIDC são originados a partir da venda de produtos e/ou de serviços que geram créditos a receber para a empresa. A série “Produtos de Captação” visa disseminar informações sobre diversos ativos e mercados, especialmente aqueles menos difundidos e/ou em rápido desenvolvimento.